Levantamento do CIEE Rio traça o perfil do estágio carioca

Um estudo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE Rio) mostra o novo perfil do estagiário que vive no Rio de Janeiro. A grande maioria, 70% dos estagiários são das classes C D e E, e ajudam em casa e 11% são os únicos responsáveis pelo sustento da família. Ganham, em média uma bolsa estágio de R$1.085,77 e, mesmo assim, têm um nível considerado alto de escolaridade. 91.86% dos jovens que responderam à pesquisa cursam o ensino superior (12 361 estudantes estão na Universidade). 8.308 estudam em faculdades privadas e 4.053 em instituições de ensino público.

794 dos entrevistados estão no Ensino Médio e 301 no Ensino Técnico.

O perfil do estagiário que mora no Estado é mais feminino. As mulheres são maioria nos Programas de Estágio. Representam 60,70 % (8168) enquanto os homens são 39,30% (5.288).

O estagiário de cor branca continua sendo predominante no mercado de trabalho. Os números mostram que 3511 se autodeclaram brancos, 2199 pardos, 194 amarelos, 15 indígenas e 1315 pretos. 6237 não quiseram declarar à sua etnia (46,35%).

A pesquisa ainda revela que mais de 80% dos candidatos são reprovados por notas baixas nas provas de idioma quando as vagas solicitam conhecimento intermediário de língua estrangeira. O Inglês é a segunda língua mais falada pelos estudantes. 6339 têm inglês avançado e apenas 117 estudantes falam mais de um idioma. 146 compreendem espanhol, 3 falam alemão e 6 dominam o francês. Nenhum jovem tem conhecimento de italiano e apenas 3 dos entrevistados já tiveram algum contato com o japonês. O restante uma parcela de 6845 estudantes tem inglês, francês ou espanhol básico ou intermediário.

Para quem tenta uma vaga de estágio, o desafio está em dominar o próprio idioma. Muitos jovens ainda tropeçam em Língua Portuguesa nos processos de seleção. O estudo revela ainda o medo do preconceito que ainda existe no mercado profissional. Os jovens não são muito abertos em relação a sua identidade, expressão de gênero e orientação sexual. Os entrevistados têm entre 19 e 23 anos. 623 se declaram neutros, feminino para masculino (FTM)134, fluido 13, 9774 se consideram homem cisgênero, 123 homem transgênero, 134 mulher transgênero. (Outros )771. Não quiseram responder à essa pergunta. 1884 jovens. (14% dos estudantes). Esses jovens acreditam que a orientação sexual pode afetar a carreira.

“Essa pesquisa revela alguns pontos de atenção e de cuidados que devemos ter com esses jovens. Avançamos com relação ao aumento do acesso dos estudantes fluminenses ao ensino superior o que é excelente. Mas há necessidade ainda de maior acesso à uma educação de qualidade que é um direito de todos e, principalmente, criação de políticas públicas em relação ao mercado de trabalho para reduzir a desigualdade. O futuro passa pelo estágio. Quanto mais janelas se abrirem no mundo do trabalho, maiores serão as oportunidades para os estudantes. A gente tem que preparar, incluir e investir nesse estudante. E entender, de uma vez por todas, que com

a retomada do ciclo econômico é preciso ter talentos no mercado profissional para que o país garanta ganhos de produtividade “conclui o CEO do CIEE Rio, Luiz Gustavo Coppola.

A pesquisa foi feita com 13.456 estudantes que moram na Estado do Rio estão cadastrados no banco de dados da instituição e são de cursos de todas as áreas de atuação. Eles responderam a um questionário durante os processos de seleção realizados nos 3 primeiros meses de 2023.

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